Desagregação da organização social e produtiva do assentamento Carlos Marighela-RS: um estudo de caso

Autores

  • Sérgio Botton Barcellos Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

Palavras-chave:

Assentamento, Projeto Coletivo, Desagregação, Organização Social e Produtiva, Rio Grande do Sul

Resumo

Este trabalho visa analisar as principais características da implementação e desagregação do sistema coletivo de organização social e produtiva no Assentamento Carlos Marighela, localizado em Santa Maria no Rio Grande do Sul. O assentamento estudado foi formado entre os anos 1998/2002 no estado, junto ao programa para criação de assentamentos, denominado “Novo Modelo”. A partir disso, são analisados os elementos que influenciaram na organização coletiva dos assentados e as possíveis causas dos conflitos que levaram ao processo de desagregação do sistema coletivo de organização social e produtiva neste caso. Desse modo, este estudo analisa e problematiza os processos sociais e locais como trajetória social, condições de organização e infraestrutura, bem como as demais sociabilidades relativas ao assentamento, sendo esses fatores essenciais na elucidação das questões de pesquisa.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Sérgio Botton Barcellos, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

Especialista em Educação Ambiental. Mestrando do CPDA/UFRRJ

Referências

BECKER, H. S. Métodos de Pesquisa em Ciências Sociais. Trad.: Marco Estevão, Renato Aguiar. 4o ed. São Paulo: Hucitec, 1999.

BERTERO, J. F. Uma crítica à Sociologia Rural de José de Souza Martins. Lutas Sociais (PUCSP), v. 17/18, p. 99-112, 2007.

BRENNEISEN, E. O MST e os assentamentos rurais no Oeste do Paraná: encontros e desencontros na luta pela terra. Estudos Sociedade e Agricultura, vol.12 n.1, p.128-163, 2004.

BORGES, J. L. A transição do MST para a agroecologia. 2007. Dissertação. Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2007.

BORRAS, S. M. La Via Campesina: um movimiento en movimiento. Amsterdam: Transnational Institute/Fundación de Investigaciones Marxistas, 2004.

BOURDIEU, P. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1989.

BOURDIEU, P. Les usages sociaux de la science. Pour une sociologie clinique du champ scientifique. Paris: Editions INRA, 1997.

CALDART, R. S. O MST e a formação dos sem terra: o movimento social como princípio educativo. Estudos Avançados, v.15, n. 43, 2001.

CARVALHO, H. M. A interação social e as possibilidades de coesão e de identidades sociais no cotidiano da vida social dos trabalhadores rurais nas áreas oficiais de reforma agrária no Brasil. Curitiba: MEFP/NEAD/IICA, fevereiro/1999, mímeo. 63 p.

CARVALHO, H. M. Desafios para o agroecologista: como portador de uma nova matriz tecnológica para o campesinato. Curitiba, 2007 (Digitado).

COSTA NETO, C.; CANAVESI, F. Sustentabilidade em assentamentos rurais: o MST rumo à “reforma agrária agroecológica” no Brasil? In: ALIMONDA, H.(Org.). Ecologia política: natureza, sociedad y utopia. México: Clacso, 2002.

DA ROS, C. A. As políticas agrárias durante o governo Olívio Dutra e os embates sociais em torno da questão agrária gaúcha (1999-2002). 2006. Tese. Programa de Pós-Graduação de Ciências Sociais em Desenvolvimento Agricultura e Sociedade, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ, 2006.

DEMO, P. Metodologia em Ciências Sociais. 3 ed. São Paulo: Atlas, 1995.

FAO/INCRA. Principais Fatores que Afetam o Desenvolvimento dos Assentamentos de Reforma Agrária no Brasil. Coordenadores: Gilson Alceu Bittencourt et alii. Agosto/1998.

FERNANDES, B. M.; STEDILE, J. P. Brava Gente: a trajetória do MST e a luta pela Reforma Agrária no Brasil. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 1999.

FERRANTE, V. L. B. Diretrizes Políticas dos Mediadores: Reflexões de Pesquisas. In: MEDEIROS, L. S. et al. (Org.). Assentamentos Rurais: Uma visão Multidisciplinar. São Paulo: Editora Universidade Estadual Paulista, 1994.

GRAC – Gabinete de Reforma Agrária e Cooperativismo-RS. Carlos Marighela. Disponível em: http://www.grac.rs.gov.br/principal.php?inc=ref_assent. Acesso em: 21/08/2007.

MARTINS, A. F. G. Potencialidades transformadoras dos movimentos camponeses no Brasil contemporâneo: as comunidades de resistência e superação no MST. Dissertação. Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, Pontifícia Universidade Católica, São Paulo, 2004.

MELGAREJO, L. Desempenho, eficiência multidimensional e previsão de possibilidade de sucesso em Assentamento de Reforma Agrária do Rio Grande do Sul. Tese. Programa de Pós-Graduação em Engenharia da Produção, Universidade Federal de Florianópolis, Florianópolis, 2000.

MELUCCI, A. Um objetivo para os movimentos sociais? Lua Nova, n. 17, jun 1989.

MST. Caderno de formação n.º 11. Elementos sobre a teoria da organização no campo. São Paulo, 1986.

MST. Carta do 5º Congresso Nacional do MST. Carta Maior, 2007. Disponível em: . Acessado em: 18/06/2007.

NEVES, D. P. Mediação social e mediadores políticos. Desenvolvimento social e mediadores políticos. Editora da Universidade Federal Rural do Rio Grande do Sul. Coleção Estudos Rurais, 2008.

OLIVEIRA, A. U. Geografia e território: desenvolvimento e contradições na agricultura. In: Encontro Nacional de Geografia Agrária, 12.º, [19--], Águas de São Pedro, SP. Mesas Redondas.Rio Claro: IGCE, 1994.

PICCIN, M. B.; PICOLOTTO, E. L. A luta e o processo de gestação de novos conhecimentos: agricultores sem-terra e agroecologia. In: Anais XIII Congresso Brasileiro de Sociologia, Recife, SBS. 2007.

SCARIOT, A. Identidade, coesão e desagregação social na trajetória da Cooperativa de Produção Agropecuária Cascata – COOPTAR. Dissertação. Programa de Pós-Graduação em Extensão Rural, Universidade Federal de Santa Maria, RS, 2003.

SCHWENDLER, S. F. Da utopia do acampamento à recriação social no Assentamento. Dissertação. Programa de Pós-Graduação em Extensão Rural, Universidade Federal de Santa Maria, RS, 1995.

SCOPINHO, R. A.; MARTINS, A. F. G. Desenvolvimento organizacional e interpessoal em cooperativas de produção agropecuária: reflexão sobre o método. Psicologia & Sociedade, v.15, n.2, p.124-143, jul./dez. 2003.

SOUZA, M. A. Formas cooperativas de produção em assentamentos rurais do MST (movimento dos trabalhadores rurais sem terra): dimensões educativas. Revista online Bibliografia Prof. Joel Martins, v.1, n.2, fev.2000.

STÉDILE, J. P.; GOERGEN, S. Assentamentos: a resposta econômica da Reforma Agrária. Petrópolis, SP: Vozes, 1991.

THOMPSON, E. P. A formação da classe operária inglesa. Vol. III A força dos trabalhadores. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

VENDRAMINI, C. R. Pesquisa e movimentos sociais. Educação e Sociedade, Campinas, vol. 28, n. 101, p. 1395-1409, set./dez. 2007.

VERAS, M. M. Agroecologia em assentamentos do MST no Rio Grande do Sul: entre as virtudes do discurso e os desafios da prática. Dissertação. Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2005.

ZIMMERMANN, N. C. Os Desafios da Organização Interna de um Assentamento Rural. In: Medeiros, L. et al. (Org.). Assentamentos Rurais: Uma visão Multidisciplinar. São Paulo: Editora Universidade Estadual Paulista, 1994.

Downloads

Publicado

07-03-2015

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.