Formação econômica do Vale do Rio Doce
uma análise histórica (1940-1970)
Palavras-chave:
Desenvolvimento econômico, Minas Gerais, Infraestrutura, Vale do Rio Doce, Rio Doce, Governador ValadaresResumo
O objetivo desse trabalho é analisar a passagem da fase ferroviária para a rodoviária no Vale do Rio Doce – MG, no século XX, para compreender o processo de formação histórica do território. O recorte temporal se justifica por causa da convergência com o período de forte atuação do Estado no processo de modernização e industrialização. A metodologia de pesquisa apoia-se primordialmente em fontes históricas, tais como jornais da época, a revista Cultura Política e documentos do Arquivo Público Mineiro, além da bibliografia especializada. Os resultados indicam que a lógica mineira da implantação, no Vale do Rio Doce, da malha rodoviária acelerou o processo de ocupação, com crescimento populacional e urbanização, destacando-se a cidade de Governador Valadares, que se tornou entroncamento da rede rodoferroviária.
Downloads
Referências
ANA. Agência Nacional de Águas. Conjuntura Recursos Hídricos no Brasil. Informe. 2015. Encarte Especial sobre a Bacia do Rio Doce. Rompimento da barragem em Mariana/MG. Brasília: Superintendência de Planejamento de Recursos Hídricos – SPR, 2016. Disponível em: http://arquivos.ana.gov.br/RioDoce/EncarteRioDoce_22_-03_2016v2.pdf. Acesso em: 2 mar. 2018.
ANNAES do Congresso Constituinte do Estado de Minas Geraes. Deputado congressista Simão da Cunha. Ouro Preto: Imprensa Official, 1891.
ARRUDA, Maria A. do Nascimento. Mitologia da mineiridade. São Paulo: Brasiliense, 1990.
BARBOSA, Francisco de Assis (Org.). João Pinheiro: documentário sobre sua vida. Belo Horizonte: Publicações do Arquivo Público Mineiro, 1966. n.1.
Banco de Informações de Transportes – BIT. Mapa da Rodovia BR-116: Norte-Sul do Brasil. 2010. Disponível em: https://www.infraestrutura.gov.br/bit.html Acesso em: maio 2020.
CANO, Wilson. Raízes da Concentração Industrial em São Paulo. 1975. 2 vol. Tese (Doutorado em Economia) – Programa de Pós-Graduação em Economia, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1975.
CARONE, Edgard. O Estado Novo (1937-1945). São Paulo, Difel, 1977.
CARDOSO DE MELLO, João Manoel. O capitalismo tardio: contribuição a revisão crítica da formação e desenvolvimento da economia brasileira. 8. ed. São Paulo: Brasiliense, 1988.
COMPANHIA VALE DO RIO DOCE – CVRD. Desenvolvimento Agropecuário da Região de Influência da CVRD: estudo básico. São Paulo: Planejamentos Agroindustriais – Seitec, 1969.
DINIZ, Clélio Campolina. Estado e capital estrangeiro na industrialização mineira. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 1981.
DULCI, Otavio Soares. João Pinheiro e as origens do desenvolvimento Mineiro. In: GOMES, Ângela de Castro (Org.). Minas e os fundamentos do Brasil moderno. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2005.
DULCI. Otavio Soares. Política e recuperação econômica em Minas Gerais. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999.
EGLER, Walter A. A zona pioneira ao norte do Rio Doce. Revista Brasileira de Geografia, Rio de Janeiro, v. 13, n. 2, p. 223-246, 1951.
ESPINDOLA, Haruf Salmen. O centauro maquiavélico. Ideologia da Revista Cultura Política (1941-1945). Dissertação de Mestrado apresentada à Universidade de Brasília, 1988.
ESPINDOLA, Haruf Salmen et al. Apropriação de terras devolutas e organização territorial no Vale do Rio Doce: 1891-1960. In: ESPINDOLA, Haruf Salmen; ABREU, Jean Luiz Neves de (Orgs.). Território, sociedade e modernidade. Governador Valadares: Editora Univale, 2010, p. 19-58.
ESPINDOLA, Haruf Salmen. História da Associação Comercial de Governador Valadares. Governador Valadares: Editora Univale, 1999.
FREYRE, Gilberto. Casa-Grande & Senzala. 34. ed. Rio de Janeiro: Record, 1998.
FURTADO, Celso. Formação econômica do Brasil. 34. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
GEIGER, Pedro Pinchas. Alguns Problemas Geográficos na Região entre Teófilo Otoni (Minas Gerais) e Colatina (Espírito Santo). Revista Brasileira de Geografia, Rio de Janeiro, v. 13, n. 3, p. 403-442, jun./set. 1951.
Inventário da Coleção Jayr Nabuco Porto. Arquivo Público Mineiro: Belo Horizonte, 2015.
LIMA. João Heraldo. Café e indústria em Minas Gerais, 1870 – 1920. Petrópolis: Vozes, 1981.
NOVAIS, Fernando. Portugal e Brasil na crise do antigo sistema colonial (1777-1808). 6. ed. São Paulo: Hucitec, 1995.
O Vale DO RIO DOCE. Reportagem Especial I. Revista Cultura Política, Rio de Janeiro, v.3, n. 35, dez. 1943.
O Vale DO RIO DOCE. Reportagem Especial II. Revista Cultura Política, Rio de Janeiro, v. 4, n. 36, jan. de 1944.
OLIVEIRA, Francisco de. A economia brasileira: crítica à razão dualista. Estudos Cebrap, São Paulo, v. 2, 1972.
PEREIRA, Camila. João Pinheiro da Silva: organização nacional e dinâmica econômica (1890-1908). Campinas: Unicamp, 2016.
PRADO JUNIOR, Caio. História econômica do Brasil. 5. ed. São Paulo: Brasiliense, 1959.
ROSA, Léa Brígida R. de A. Companhia Estrada de Ferro de Vitória a Minas: 1890-1940. 1977. 199 f. Tese (Doutorado em História) – Programa de Pós-Graduação em História, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, USP, 1976.
SILVEIRA, Álvaro Astolpho da. Memórias Chorographicas. Belo Horizonte: Imprensa Oficial, 1922.
STRAUCH, Ney (Org.) A bacia do rio Doce. Rio de Janeiro: Estudo Geográfico; IBGE,1955.
STRAUCH, Ney. Zona metalúrgica de Minas Gerais e Vale do Rio Doce. Rio de Janeiro: Conselho Nacional de Geografia, 1958.
TORRES, João Camillo de Oliveira. O homem e a montanha: Introdução ao estudo das influências da situação geográfica para a formação do espirito mineiro. Belo Horizonte: Autêntica, 1943.
WIRTH. John D. O fiel da balança: Minas Gerais na Federação Brasileira. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Camila Amaral Pereira, Haruf Salmen Espindola, Diego Martins
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons (CC BY 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
- Autores(as) podem realizar acordos contratuais independentes e adicionais para a distribuição não exclusiva da versão do artigo publicado nesta revista (por exemplo, incluí-lo em um repositório institucional ou publicá-lo em um livro) sempre evidenciando que o trabalho foi publicado primeiramente na Revista IDeAS.