Vozes Rurais: a racionalidade nos sistemas agroflorestais do sul do Brasil

Autores

Palavras-chave:

SAF, Restauração Ecológica, Agricultura Familiar, Agricultores, Agroecologia

Resumo

O Sistema Agroflorestal (SAF) ou Agrofloresta possibilita aliar agricultura à conservação ambiental. Conhecer as motivações de agricultores em redesenhar unidades produtivas por meio de SAFs contribuirá para embasar políticas públicas, programas e projetos relacionados. Portanto, com a finalidade de compreender a racionalidade que motiva os agricultores a optarem pelo desenvolvimento de SAFs em suas propriedades, foram entrevistadas dez famílias de agricultores com experiência agroflorestal na Serra dos Tapes, no sul do Rio Grande do Sul, Brasil. As entrevistas foram semiestruturadas, com o objetivo de identificar as motivações que levaram as famílias a se dedicarem às agroflorestas e relacionar estas motivações aos conceitos de racionalidade instrumental e substantiva. Concluímos que os SAFs não são a principal fonte de renda agrícola das famílias entrevistadas, reservando ao sistema um papel mais importante no âmbito ecológico, uma vez que a maioria dos agricultores optou pela agrofloresta a fim de restaurar os agroecossistemas degradados, além de produzir alimentos limpos para autoconsumo, porém, o retorno econômico também é esperado. Os agricultores agroflorestais valorizam as boas práticas agrícolas e enxergam na agrofloresta uma alternativa na busca da segurança alimentar e nutricional, geração de renda e conservação dos agroecossistemas.

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Biografia do Autor

Ana Beatriz Devantier Henzel, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas-RS, Brasil

Bióloga pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) (2019). Administradora pela UFPel (2007). Integra o Grupo de Restauração e Manejo da Vegetação Nativa, na Embrapa Clima Temperado. Mestranda no PPG em Sistemas de Produção Agrícola Familiar da UFPel. Bolsista do CNPq.

Ernestino de Souza Gomes Guarino, Embrapa Clima Temperado, Pelotas-RS, Brasil

Engenheiro Florestal pela Universidade de Brasília (UnB) (2001). Mestrado em Ecologia pela UnB (2004). Doutorado em Botânica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2010). Pesquisador na Embrapa Clima Temperado.

Alberi Noronha, Embrapa Clima Temperado, Pelotas-RS, Brasil

Engenheiro Agrônomo pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (1994). Especialização em Administração e Desenvolvimento Rural pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (1998). Analista na Embrapa Clima Temperado.

Gustavo Crizel Gomes, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas-RS, Brasil

Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal de Pelotas (2006). Mestrado e Doutorado em Agronomia, (PPG - Sistemas de Produção Agrícola Familiar - UFPel). Pós-Doutorado em Recursos Genéticos (PNPD/CNPq).

Adalberto Koiti Miura, Embrapa Clima Temperado, Pelotas-RS, Brasil

Biólogo pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (1992). Mestrado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná (1999). Doutorado em Sensoriamento Remoto pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (2012). Pesquisador na Embrapa Clima Temperado.

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Publicado

20-08-2021

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