Gramsci e as culturas subordinadas
Palavras-chave:
Antonio Gramsci, cultura, hegemoniaResumo
Neste artigo analisa-se como Antonio Gramsci trata o que ele denomina por culturas subordinadas. O modo como as pessoas interpretam, nomeiam, classificam o mundo e como tais concepções ganham status hegemônico, além de como as realidades podem ser transformadas, constituiu um substrato de partida para sua reflexão. Isso determinou o entendimento da cultura como um conjunto de recursos ideais que são conformados sócio-historicamente sobre uma base material e como incorporação nos indivíduos das relações de poder. Por isso sua insistência sobre a necessidade de se empreender a “vontade” na transformação social. Nesse contexto que devem ser entendidos seus estudos sobre as culturas subordinadas.
Downloads
Referências
ARAÚJO, Ângela M. C.; TÁPIA, Jorge R. B. Estado, Classes e Estratégias: notas sobre um debate. Campinas: IFCH/UNICAMP, 1991.
BIANCHI, Álvaro. O Laboratório de Gramsci: filosofia, história e política. São Paulo: Alameda, 2008.
BOTELHO, Maurílio Lima. “A relação Campo-Cidade em Kautsky e Lênin. Traços burgueses na ortodoxia marxista”, in: CARNEIRO M. J.; COSTA L. F. C. (Orgs.), Leituras e Interpretações: teorias e práticas sociais. (Coleção CPDA textos, vol. 02). Rio de Janeiro: Trasso assessoria e comunicação, 2007.
BUCI-GLUCKSMANN, Christine. Gramsci e o Estado: por uma teoria materialista da filosofia. 2° Edição. Rio de Janeiro Paz e Terra, 1980.
COUTINHO, Carlos Nelson. Gramsci: um estudo sobre seu pensamento político. Rio de Janeiro: Campus, 1989.
COUTINHO, Carlos Nelson; KONDER, Leandro. “Nota sobre Antonio Gramsci”, in: GRAMSCI A., Concepção Dialética da História. 3° Edição. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.
CREHAN, Kate. Gramsci, Cultura e Antropologia. Lisboa: Campo Comunicação, 2004.
DIAS, Edmundo Fernandes. “Hegemonia: racionalidade que se faz história”, in: DIAS, E. F. et alli, O Outro Gramsci. São Paulo: Xamã, 1996.
FELDMAN-BIANCO, Bela; RIBEIRO, Gustavo Lins. Antropologia e Poder: Contribuições de Eric R. Wolf. Brasília/São Paulo: UnB/Imprensa Oficial/ Unicamp, 2003.
GRAMSCI, Antonio. Cadernos do Cárcere. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, Vol. 01, 2002a.
GRAMSCI, Antonio. Cadernos do Cárcere. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, Vol. 06, 2002b.
GRAMSCI, Antonio. Cadernos do Cárcere. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, Vol. 04, 2002c.
GRAMSCI, Antonio. Os Intelectuais e a Organização da Cultura. 4° Edição. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1982.
GRAMSCI, Antonio. Concepção Dialética da História. 3° Edição. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.
GRAMSCI, Antonio. Maquiavel, a Política e o Estado Moderno. 2° Edição, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1976a.
GRAMSCI, Antonio. Escritos Políticos. Lisboa: Seara Nova, 1976b.
JESSOP, Bob. “A Globalização e o Estado Nacional”. Crítica Marxista, n° 7: 9-45, 1998.
JESSOP, Bob. “The State as Political Strategy”, in: JESSOP, B., State Theory: putting the capitalist state in its place. Pennsylvania: The Pennsylvania State University Press, 1990.
LINGUORI, Guido. “Estado e Sociedade Civil: entender Gramsci para entender a realidade”, in: COUTINHO, C. N.; TEIXEIRA, A. de P. (Orgs.), Ler Gramsci, Entender a Realidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
MOUFFE, Chantal. “Hegemonía e Ideología en Gramsci”. Revista Arte, Sociedad, Ideología, n° 5: 67-85, 1978.
POULANTZAS, Nicos. O Estado, o Poder, o Socialismo. Rio de Janeiro: Graal, 1980.
THOMPSON, Edward P. A Formação da Classe Operária Inglesa – I A Árvore da Liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
WILLIAMS, Raymond. Marxismo e Literatura. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2010 Marcos Botton Piccin

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons (CC BY 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
- Autores(as) podem realizar acordos contratuais independentes e adicionais para a distribuição não exclusiva da versão do artigo publicado nesta revista (por exemplo, incluí-lo em um repositório institucional ou publicá-lo em um livro) sempre evidenciando que o trabalho foi publicado primeiramente na Revista IDeAS.