A carreira da malagueta: uso e disseminação das plantas do gênero Capsicum nos séculos XVI e XVII
Keywords:
Discovery Age, Capsicum Genus, East Indies, botanical exchanges, history of ScienceAbstract
From the period of the Age of Discovery, we can observe a phenomenon that had as one of its remarkable characteristics, the spread of the cultivation, commercialization and use of a series of plants. Although currently there is a considerable volume of published works on the spices of the East as well as the economic impact of these in the Renaissance, a question remains rarely investigated, we are referring to the spread and use of plants from the New World which in turn also became spices of considerable economic and cultural importance. Therefore, the objective of this study is to analyze, from the texts of writers, physicians, herbaristas and natural philosophers of the sixteenth and seventeenth centuries, spread, use and cultivation of species of the genus Capsicum, in both the Atlantic and the East Indies, promoted the great sea voyages undertaken by the Portuguese in the fifteenth century.
Downloads
References
ACOSTA, Joseph. Historia Natural y Moral de las Indias. México: Fondo de Cultura Económica, 2006.
AJAIYEOBA, E. O; EKUNDAYO, O. “Essential oil constituents of Aframomum melegueta (Roscoe) K. Schum. seeds (alligator pepper) from Nigeria”. In: Flavour and Fragrance Journal, v. 14, n. 2, p. 109-111, março/abril, 1999.
ALBUQUERQUE, Lidiamar B; VELÁZQUEZ, Alejandro; VASCONCELOS-NETO, João. “Composição florística de Solanaceae e suas síndromes de polinização e dispersão de sementes em florestas mesófilas neotropicais”. In: Revista de Ciencia y Tecnologia de América, v. 31, n. 11, p. 807-816, 2006.
ALENCASTRO, Luis Felipe de. “A Rede Econômica no Mundo Atlântico Português”. In: BETHENCOURT, Francisco; CURTO, Diogo Ramada (org.). Expansão Marítima Portuguesa, 1400 – 1800. Lisboa: Edições 70, 2010.
ANÔNIMO. Pedido de não pagamento de direitos sobre a carga da Nau S. Martinho. Fólio 01 Versu. Lisboa: Arquivo Histórico Ultramarino, 1600.
ANÔNIMO. 1629. “Carta de El Rey ao Vice-Rei da Índia e Conde de Linhares”. In: MATOS, Artur Teodoro de (org.) Documentos Remetidos da Índia – Livro das Monções (1625-1736). Lisboa: Editora da Universidade Nova de Lisboa/Centro de Estudos de Além-Mar, 2001.
ANÔNIMO. 1631. “Carta de El Rey Filipe III ao Vice-Rei do Estado da Índia”. In: MATOS, Artur Teodoro de. (org.) Documentos Remetidos da Índia – Livro das Monções (1625-1736). Lisboa: Editora da Universidade Nova de Lisboa/Centro de Estudos de Além-Mar, 2001.
ANÔNIMO. “Manuscrito do Século XVIII”. In: Relaçam de Todas as Naos da Índia, e Armadas que Foram Desde o Anno de 1496, em que El Rey D. João II Mandou o Capitão Mor Bartolomeu Dias com Tres Vellas, até o Anno de 1653 com os Sucessos de Todas as Armadas, e Naos, Nomes Delas e dos Capitães, Governadores e VisoReys da India, que Para Lá Foram. Manuscrito série Azul, nº 312, Fólio 62 Recto. Lisboa: Academia das Ciências de Lisboa.
ANDREW, Jean. The Pepper Trail: History and Recipes Around the World. Denton: University of North Texas Press, 1999.
ARSLAN, D.; ÖZCAN, M.M. “Dehydration of red bell-pepper (Capsicum annuum L.): Change in drying behavior, colour and antioxidant content”. In: Food and Bioproducts Processing, n. 89, p. 504-513, setembro, 2010.
BARBIERI, R.L; NEITZKE, R.S. Pimentas do gênero Capsicum – cor, fogo e sabor. In: BARBIERI, R.L.; STUMPF, E.R.T. Origem e evolução de plantas cultivadas. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2008. p. 727-745.
BERNSTEIN, William. Uma mudança extraordinária: como o comércio revolucionou o mundo. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
BESLER, Basilius. Hortus Eystettensis, sive, Diligens et accurata omnium plantarum, lorum, stirpium. Nuremberg: 1640.
BETHENCOURT, Francisco; CURTO, Diogo Ramada. (org.). Expansão Marítima Portuguesa, 1400 – 1800. Lisboa: Edições 70, 2010.
BOXER, Charles Ralph. O Império Marítimo Português 1415 – 1825. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
BOSLAND, Paul. The History of Chile Pepper. In: HANSON, Beth (ed.). Chile Peppers: hot tips and tasty pics for gardeners and gourmets. New York: Science Press, 1999.
BRASILEIRO, G.B. Patologia Geral. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998.
COSTA, Cristóvão da. Tractado Delas drogas, y medicinas de las Indias Orientales, com sus plantas debuxadas al biuopor Cristoval Acosta medico y cirurjano que las vio ocularmente. Sevilha, 1568.
CROSBY, Alfred W. Imperialismo Ecológico: a expansão biológica da Europa, 900-1900. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
DEAN, Warren. A ferro e fogo: a história e a devastação da Mata Atlântica brasileira. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
DEBUS, Allen, G. O Homem e a Natureza do Renascimento. Porto: Porto Editora, 2002.
DIAMOND, Jared. Armas, germes e aço: os destinos das sociedades humanas. Rio de Janeiro: Record, 2008.
DÍAZ DE GUZMÁN, Raul. La Argentina. Madri: Información y Revistas LTDA, 1986.
DIAS, José Pedro Sousa. “O Odor e o Sabor da Farmacologia Galênica”. In: GUERREIRO, Inácio (org.). A epopeia das especiarias. Lisboa: Instituto de Investigação Científica Tropical, 1999.
FERRÃO, José Eduardo Mendes. A aventura das plantas e os descobrimentos portugueses. Lisboa: Instituto de Investigação Científica Tropical, 1993.
FERRÃO, José Eduardo Mendes. “Principais Especiarias Tropicais”. In. GUERREIRO, Inácio (org.). A epopeia das especiarias. Lisboa: Instituto de Investigação Científica Tropical. 1999.
FERREIRA, Antônio Gomes. Dicionário de Latim – Português. Porto: Porto Editora, 1995.
FICALHO, Francisco Manuel de. Memórias Sobre a Influência dos Descobrimentos dos Portuguezes no Conhecimento das Plantas: Memórias Sobre a Malagueta. Lisboa: Tipographia da Academia, 1878.
FOUCAULT, Michel. As Palavras e as Coisas: Uma arqueologia das ciências humanas. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
FRADA, João José Cúcio. História, Medicina e Descobrimentos Portugueses. Revista ICALP, v. 18, p. 63-73, dezembro de 1989.
FUCHS Leonhardt. De Historia stirpium. Basileia: Officina Isingriniana, 1542.
GERARD, John. The Herball or General Historie of Plantes. Londres: John Norton, 1595.
GUEDES, Max Justo. Portugal e o Mar. In: Revista Oceanos, n. 38, p. 8-18, abril/junho, 1999.
GUEDES, Max Justo. “La Terre du Brésil: contrabando e conquista”. In: BUENO, Eduardo (org.). Pau Brasil. São Paulo: Axis Mundi Editora, 2002.
GUERREIRO, Inácio (org.). A epopeia das especiarias. Lisboa: Instituto de Investigação Científica Tropical, 1999.
HALL, Alfred Rupert. A Revolução na Ciência 1500-1750. Lisboa: Edições 70,1988.
HEARD, T. A. The Role of Stingless Bees in Crop Pollination. In: Annual Review of Entomology,v. 44, p. 183-206, 1999.
JOLY, Aylthon Brandão. Botânica: Introdução à taxonomia vegetal. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1991.
KRONDL, Michael. O sabor da conquista: Veneza, Lisboa e Amsterdã na rota das especiarias. Rio de Janeiro: Rocco, 2008.
LERY, Jean de. Viagem à Terra do Brasil. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército – Editora, 1961.
MONARDES Nicolas Bautista. Primera, segunda y tercera partes de la historia medicinal de las cosas que se traen de nuestras Indias Occidentales, que sirven en medicina; Tratado de la piedra bezaar, y dela yerva escuerçonera; Dialogo de las grandezas del hierro, y de sus virtudes medicinales; Tratado de la nieve, y del beuer frío. Sevilha, 1574.
MONCLARO, Francisco de. Relação Feita pelo Padre Francisco de Monclaro da Companhia de Jesus, da Expedição ao Monomotapa, Comandada por Francisco Barreto. Lisboa: Junta das Missões Geográficas e de Investigações do Ultramar, 1954.
NEPOMUCENO, Rosa. O Brasil na rota das especiarias. Rio de Janeiro: José Olympio, 2005.
PEARSON, Michael, N. “Mercados e Comunidades Mercantis no Oceano Indico: Situar os Portugueses”. In: BETHENCOURT, Francisco; CURTO, Diogo Ramada (org.). Expansão Marítima Portuguesa, 1400 – 1800. Lisboa: Edições 70, 2010.
PATIÑO-RODRIGUEZ, Victor Manuel. Historia y Dispersión de los Frutales Nativos del Neotrópico. Cali: Centro Internacional de Agricultura Tropical, 2002.
QUAMMEN, David. O Canto do Dodô. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
RAMOS, Fábio Pestana. No tempo das especiarias: O império da pimenta e do açúcar. São Paulo: Contexto, 2004.
ROSELINO, Ana Carolina. 2007. Polinização em culturas de pimentão – Capsicum annuum por Melipona quadrifasciata anthidioides e Melipona scutellaris e de morango – Fragaria x ananassa por Scaptotrigona aff. depilis e Nannotrigona testaceicornis (Hymenoptera, Apidae, Meliponini). Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Entomologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.
ROSSI, Paolo. A chave universal: Artes da memorização e lógica combinatória de Lúlio até Leibniz. Bauru: Editora da Universidade do Sagrado Coração, 2004.
SANTOS, Christian Fausto Moraes dos; BRACHT, Fabiano. “Remédio ardido: Consumidos em todo mundo, os pimentos americanos salvaram a vida de muitos navegantes portugueses e espanhóis”. In: Revista de História da Biblioteca Nacional, n. 66, p. 70-75, 2011.
SANTOS, Christian Fausto Moraes dos; BRACHT, Fabiano. Dicionário Botânico da Terra de Santa Cruz. Inédito.
SOUSA, Gabriel Soares de. Tratado descritivo do Brasil em 1587. São Paulo: EDUSP, 1971.
STADEN, Hans. A verdadeira história dos selvagens, nus e ferozes devoradores de homens, encontrados no Novo Mundo, a América, e desconhecidos antes e depois do nascimento de Cristo na terra de Hessen, até os últimos dois anos passados, quando o próprio Hans Staden De Homberg, em Hessen, os conheceu, e agora os traz ao conhecimento do público por meio da impressão deste livro. Rio de Janeiro: Dantes, 1999.
SCHWARTZ, Stuart B. A Economia do Império Português. In: BETHENCOURT, Francisco; CURTO, Diogo Ramada (org.). Expansão Marítima Portuguesa, 1400 – 1800. Lisboa: Edições 70, 2010.
TALBOT, Shawn; HUGHES, Kerry. Suplementos Dietéticos para Profissionais de Saúde. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
THOMAZ, Luis Felipe. O nome das especiarias. In: GUERREIRO, Inácio (org.) A epopeia das especiarias. Lisboa: Instituto de Investigação Científica Tropical, 1999.
WALTER, Henriette. A aventura das línguas no Ocidente: origem, história e geografia. São Paulo: Mandarim, 1997.
Downloads
Published
Issue
Section
License
- Authors retain the copyright and grant the journal the right to first publication, with the work simultaneously licensed under the Creative Commons License (CC BY 4.0) which allows the sharing of the work with recognition of authorship and initial publication in this journal.
- Authors are allowed and encouraged to publish and distribute their work online (eg in institutional repositories or on their personal page) at any point before or during the editorial process, as this can generate productive changes, as well as increase impact and citation of the published work.
- Authors can make independent and additional contractual agreements for the non-exclusive distribution of the version of the article published in this journal (for example, include it in an institutional repository or publish it in a book) always showing that the work was published first in Revista IDeAS.