“A gente é que nem os boi, roda, roda e não sai do lugar”: estrutura e história no meio rural brasileiro
Palabras clave:
Conflitos, Família, CinemaResumen
O tema deste artigo abrange importantes noções como estrutura, história e evento, sendo “conflitos”, “família” e “cinema” alguns dos termos-chave para este estudo. Sob essa perspectiva, o presente artigo analisou a temática das brigas de família no sertão nordestino, utilizando como orientação o filme Abril Despedaçado (2001), de Walter Salles. Foi realizada uma revisão teórica sobre o modo como o tema tem sido tratado pela sociologia e antropologia brasileiras e, em seguida, utilizou-se a teoria do antropólogo norte-americano Marshall Sahlins (1994) na análise do filme, buscando trazer os conceitos “estrutura” e “história” para sociedade sertaneja. Segundo Sahlins, esses dois termos (estrutura e história) não podem ser tomados enquanto oposição, sua síntese desdobra-se nas ações criativas dos sujeitos históricos. No filme, a reprodução de um evento gera alterações em suas interpretações, o que acaba por representar mudanças nas categorias de pensamento dos personagens, ocasionando novas oportunidades deorientação social e libertando-os do peso da tradição. O autor utiliza o termo “transformação estrutural”, pois, segundo ele, a alteração de sentido muda a posição entre categorias culturais, acarretando “mudança sistêmica”.
Descargas
Referencias
COMERFORD, John Cunha. Como uma família: sociabilidade, territórios de parentesco e sindicalismo rural. Rio de Janeiro: Relume Dumará: UFRJ, Núcleo de Antropologia da Política, 2003.
COSTA PINTO, Luis de Aguiar. Lutas de família no Brasil (era colonial). In: Revista do Arquivo Municipal – Ano VIII, vol 87-88, 1980.
FRANCO. Maria Sylvia de Carvalho Franco. Homens livres na ordem escravocrata. 3. ed. Kairós. Livraria Editora. São Paulo: 1983.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. 26. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
GEERTZ, C. A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: LTC. 1989.
JODELET, Denise. As representações sociais. Tradução de Lilian Ulup. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2001
LEAL, Vitor Nunes. Coronelismo, enxada e voto. São Paulo: Editora Perspectiva, 1975. Capítulo inicial.
LEWIN, Linda. Política e parentela na Paraíba: um estudo de caso da oligarquia de base familiar. Rio de Janeiro: Record 1993.
MARQUES, Ana Cláudia Duarte Rocha. Intrigas e questões: vingança de família e tramas sociais no sertão de Pernambuco. Rio de Janeiro: Remule Dumará: UFRJ, Núcleo de Antropologia da Política, 2002.
MARTINS, José de Souza. O poder do atraso: Ensaios da Sociologia da História Lenta. São Paulo: Hucitec, 1994.
NOVAES, Sylvia Caiuby. O uso da imagem na antropologia. In SAMAIN, Etienne (Org.). O Fotográfico. 2. ed. São Paulo: Hucitec, 2004. p.110.
NOVAES, Sylvia Caiuby. Imagem e ciências sociais: Trajetória de uma relação difícil. In: BARBOSA, Andrea; CUNHA, Edgar Teodoro da; HIKIJI, Rose Satiko G. (Orgs.). Imagem-conhecimento: Antropologia, cinema e outros diálogos. Campinas, SP: Papirus, 2009.
QUEIROZ. Maria Isaura Pereira de. O mandonismo local na vida política brasileira e outros ensaios. São Paulo: Alfa-Ômega, 1976.
SAHLINS, Marshall. Ilhas de história. Rio de Janeiro: Zahar, 1994.
WEBER, Max. Economia e Sociedade. Vol 1. Brasília, Editora da UnB, 1991.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2009 Leonardo Vilaça Dupin, Sheila Maria Doula, Ana Louise de Carvalho Fiúza, Rodrigo Carvalho Gonçalves

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
- Los autores conservan los derechos de autor y otorgan a la revista el derecho a la primera publicación, con el trabajo licenciado simultáneamente bajo la Licencia Creative Commons (CC BY 4.0) que permite compartir el trabajo con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.
- Se permite y se alienta a los autores a publicar y distribuir su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su página personal) en cualquier momento antes o durante el proceso editorial, ya que esto puede generar cambios productivos, así como aumentar el impacto y cita del trabajo publicado.
- Los autores pueden hacer acuerdos contractuales independientes y adicionales para la distribución no exclusiva de la versión del artículo publicado en esta revista (por ejemplo, incluirlo en un repositorio institucional o publicarlo en un libro) siempre mostrando que el trabajo se publicó primero en Revista IDeAS.