O futuro dos produtos coloniais: a influência da idade na preferência do consumidor

Autores

  • Silvio Santos Junior Universidade do Oeste de Santa Catarina, Joaçaba, Brasil
  • Daniela Marini Universidade do Oeste de Santa Catarina, Joaçaba, Brasil
  • Augusto Fischer Universidade do Oeste de Santa Catarina, Joaçaba, Brasil

Palavras-chave:

Agroindústria rural, Instituições, Desenvolvimento, Diferenciação

Resumo

As transformações do estilo de vida podem ter reflexo nas práticas alimentares de uma determinada sociedade. Na atualidade observam-se duas tendências: de um lado, a praticidade requerida pelo cotidiano, induzindo ao fast-food e, de outro lado, a busca por alimentos saudáveis, produzidos ecologicamente. Estudos recorrentes indicam que é neste último contexto que os produtos coloniais(advindos das pequenas agroindústrias rurais e feitos de forma artesanal)encontram espaço de comercialização. Tendo como pano de fundo a Teoria Institucionalista, a Teoria das Convenções e a Teoria do Consumidor, o objetivo do presente estudo é identificar se os produtos coloniais têm um apelo diferenciado para o consumidor e se as percepções acerca desta diferenciação variam de acordo com a idade do entrevistado. Por meio de uma survey, coletou-se a percepção de 400 entrevistados na região do Meio-Oeste Catarinense, utilizando-se técnicas estatísticas descritivas e inferenciais. Os resultados mostram que os consumidores possuem especial interesse pelos produtos coloniais e atribuem a esses produtos valores não encontrados nos produtos industrializados; entretanto esta percepção de diferenciação decresce quanto mais jovem é o entrevistado

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Biografia do Autor

Silvio Santos Junior, Universidade do Oeste de Santa Catarina, Joaçaba, Brasil

Doutor em Agronegócios. Professor do Mestrado Profissional em Administração (UNOESC).

Daniela Marini, Universidade do Oeste de Santa Catarina, Joaçaba, Brasil

Acadêmica do curso de Administração. Bolsista do PIBIC/UNOESC.

Augusto Fischer, Universidade do Oeste de Santa Catarina, Joaçaba, Brasil

Doutor em Administração. Professor do Mestrado Profissional em Administração (UNOESC).

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Publicado

08-03-2015

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