Movimentos sociais rurais no sul do Brasil: novas identidades e novas dinâmicas

Autores

  • Everton Lazzaretti Picolotto Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Palavras-chave:

Movimentos sociais, Via Campesina, Fetraf-Sul

Resumo

O objetivo deste artigo é analisar o processo de formação de novas identidades gerais entre os movimentos que se articulam na Via Campesina e na Fetraf-Sul e a conseqüente criação de novas dinâmicas sociais no campo. Os movimentos passaram por diferentes fases em suas trajetórias mantendo certa unidade de ação, porém, a partir de meados dos anos 90, suas estratégias de ação diferenciaram-se e são adotadas “novas” identidades: a Fetraf-Sul adotou a de agricultor familiar e os atores da Via Campesina adotaram a de camponês. Como reflexo destas mudanças, foram motivadas novas dinâmicas sociais no campo.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Everton Lazzaretti Picolotto, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

    Bacharel em Ciências Sociais (UFSM), Especialista em Educação do Campo e Agricultura Familiar Camponesa, (UFPR), Mestre em Extensão Rural (UFSM) e Doutorando em Ciências Sociais (CPDA/UFRRJ).

Referências

CARVALHO, H. M. Comunidades de resistência e superação. Curitiba: Via Campesina, 2002.

CARVALHO, H. M. O campesinato no século XXI: possibilidades e condicionantes do desenvolvimento do campesinato no Brasil. Petrópolis: Vozes, 2005.

CASTELLS, M. O poder da identidade. 3. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2002.

CASTILHOS, D. S. Construindo a identidade da agricultura familiar. In: FETRAF-Sul/CUT. Mutirão da agricultura familiar. Chapecó: FETRAF-Sul/CUT, 2003.

CONCRAB. Novas formas de assentamentos de reforma agrária:a experiência das Comunas da Terra. Brasília: CONCRAB/INCRA, 2004 (Cadernos de Cooperação Agrícola nº 15).

GOLDFARB, Y. O desafio da recriação camponesa através de uma nova relação campo-cidade nas comunas da terra. III Simpósio Nacional de Geografia Agrária. Presidente Prudente, 2005. Disponível em: <http://www2.prudente.unesp.br/>. Acesso em: 02 nov. 2006.

GÖRGEN, F. S. A resistência dos pequenos gigantes: a luta e a organização dos pequenos agricultores. Petrópolis: Vozes, 1998.

MARTINS, A. F. G. Potencialidades transformadoras dos movimentos camponeses no Brasil contemporâneo: as comunidades de resistência e superação no MST. São Paulo. PUC-SP, 2004. (Dissertação de Mestrado).

MEDEIROS, L. S. “Sem terra”, “assentados”, “agricultores familiares”: considerações sobre os conflitos sociais e as formas de organização dos trabalhadores rurais brasileiros. In: ¿Una nueva ruralidad en América Latina? Buenos Aires: CLACSO, 2001.

MUELLER, C. C.; MARTINE, G. Modernização da agropecuária, emprego agrícola e êxodo rural no Brasil – a década de 1980. Revista de economia política, v. 17, nº 3(67), jul/set 1997.

NAVARRO, Z. Democracia, cidadania e representação: os movimentos sociais rurais no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, 1978-1990. In: NAVARRO, Z. (org.). Política, protesto e cidadania no campo.Porto Alegre: Editora da Universidade/UFRGS, 1996.

PICOLOTTO, E. L. “Sem medo de ser feliz na agricultura familiar”: o caso do movimento de agricultores em Constantina-RS. Santa Maria: UFSM, 2006 (Dissertação de Mestrado). Disponível em: <http://www.ufsm.br/extrural>.

PICOLOTTO, E. L. Novas identidades e novas dinâmicas dos movimentos sociais do campo na região sul do Brasil. Curitiba: UFPR, 2007 (Monografia de Especialização).

SCHERER-WARREN, I. Redes de movimentos sociais. São Paulo: Loyola, 1996.

SEVILLA GUZMÁN, E.; MOLINA, M. G. Sobre a evolução do conceito de campesinato. São Paulo: Expressão Popular/Via Campesina, 2005.

TOURAINE, A. Um novo paradigma: para compreender o mundo de hoje. Petrópolis: Vozes, 2006.

ZAMBERLAM, J.; FRONCHETI, A. Cooperação agrícola: melhoria econômica ou novo projeto de vida? Passo Fundo: Berthier, 1992.

Downloads

Publicado

18-05-2014

Artigos Semelhantes

21-30 de 189

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.