Horizontalidades e resistência: perspectivas para a construção cidadã das comunidades rurais da Chapada do Apodi – RN

Autores

  • Garbênio Carvalho Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), Mossoró, Brasil
  • Maria Betânia Torres Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), Mossoró, Brasil

Palavras-chave:

Verticalidades, horizontalidades, cidadania

Resumo

A Chapada do Apodi-RN assiste ao processo de instalação de empresas de agronegócio que se estabelecem na região para a produção de frutas para a exportação. Nesse contexto as comunidades rurais historicamente estabelecidas na região iniciam um processo de lutas para resistir as imposições do modelo técnico global ao qual o agronegócio representa. Esta dialética tem levado os agricultores (as) a elaborar mecanismos de ação e resistência as influências que as verticalidades imprimem no lugar, sendo a mobilização, associativos e o permanente debate entre sujeitos, os principais instrumentos de luta. Nessa perspectiva, o conflito travado entre as verticalidades, agronegócio, e as horizontalidades, comunidades rurais da Chapada do Apodi, tem promovido a união horizontal dos trabalhadores que se entregam a luta pela defesa de suas terras e lógica produtiva. Isto tem promovido uma efervescência política dentro das comunidades rurais ali estabelecidas, visto que, a chamada a participação é essencial dentro do processo de resistência, o que faz nascer, portanto, a perspectiva do cidadão enquanto ser político e participativo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Garbênio Carvalho, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), Mossoró, Brasil

Mestrando pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência Sociais e Humanas - PPGCSIH. Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).

Maria Betânia Torres, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), Mossoró, Brasil

Professora permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais e Humanas (PPGCISH), Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), Mossoró, Brasil.

Referências

BONI, V; QUARESMA, S.J. Aprendendo a entrevistar em ciências sociais. Revista Eletrônica dos Pós-Graduando em Sociologia Política da UFSC. V.2, n.13. p. 68-80, jan.-jul. 2005.

CAUEME, D.J. Agricultura familiar e agronegócio: falsas antinomias. Redes, Santa Cruz do Sul, v.14, n.01. p. 26-44, jan.-abr. 2009.

CRESWELL, J. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.

EMBRAPA – RN. Relatório da IV Reunião de Previsão Climática Para o Setor Norte Nordeste do Brasil – Ano 2013. Natal, fev. 2015.

EMBRAPA – RN. Análise e previsão climática para o Norte do Nordeste do Brasil no período de fevereiro a abril de 2015. Natal. Jan. 2015.

EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA. Diálogos e Práticas. Mossoró, RN: edições UERN, 2013.

GOHN, M. G. Abordagens teóricas no estudo dos movimentos sociais na América Latina. Caderno CRH, Salvador, v. 21, n.54, p.439-55, set.-dez. 2008.

GOHN, M. G. Movimentos sociais na contemporaneidade. Revista Brasileira de Educação. V.16 n.47, MG, maio-ago. 2011.

PEREIRA, M. do A. Conflito socioambiental frente à implantação de perímetro irrigado na chapada do Apodi/RN na perspectiva dos resistentes. UFC, Biblioteca de Ciências da Saúde. Fortaleza, 2013.

PONTES, A.G.V.P. Dissertação de Mestrado. Saúde do trabalhador e saúde ambiental: articulando universidade, SUS, e movimentos sociais em território rural. UFC, Biblioteca de Ciências da Saúde. Fortaleza, 2012.

RIGOTTO, R.M. Os conflitos entre o agronegócio e os direitos das populações: o papel do campo científico. Fortaleza. 2011.

SANTOS, B. de S. A gramática do tempo: para uma nova cultura política. São Paulo. Cortez, 2010.

SANTOS, M. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2015.

SANTOS, M. O espaço do cidadão. 7. ed. São Paulo: Edusp, 2007.

SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica, tempo, razão e emoção. São Paulo: Edusp, 2006.

SAUER, S. Agricultura familiar versus agronegócio: a dinâmica sociopolítica do campo brasileiro. Embrapa Informações e Tecnologia. Brasília – DF, 2008.

SCHINEIDER, S.; NIEDERLE, P. A. Agricultura familiar e teoria social: a diversidade de formas familiares de produção na agricultura. Porto Alegre: Artmed, 2007.

SCHINEIDER, S.; NIEDERLE, P. A. Teoria social, agricultura familiar e pluriatividade. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v.18 n.51. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbcsoc/v18n51/15988. Acesso em: 8 jul. 2015.

Downloads

Publicado

12-04-2018

Artigos Semelhantes

1 2 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.