“Usando máscara e fazendo vista grossa”: a agricultura ecológica e sua dimensão moral
Palabras clave:
agricultura ecológica, comunidade moral, disciplinamentoResumen
A análise desenvolvida neste artigo busca problematizar as relações estabelecidas em uma determinada localidade rural marcada pela presença de associa- ções de agricultores ecologistas e pela atuação de uma ONG que desenvolve a agricultura ecológica e contribui na organização destes agricultores. Apoiado especialmente no conceito de comunidade moral pretende-se aqui compreender os efeitos sociais engendrados por essas organizações ao se estabelecerem em tal meio social. Também serão apontadas evidências empíricas que conduzem à identificação de um processo de disciplinamento que se verifica a partir da constituição de um discurso ecologista desenvolvido, em grande medida, pelos mediadores sociais e incorporado/adaptado pelos agricultores ecologistas. Agricultura Ecológica; Comunidade Moral; Disciplinamento.
Descargas
Referencias
BAILEY, F. G. Gifts and poison: the politics of reputation. Oxford Brasil Blackwll, 1971.
BOURDIEU, P. A economia dos bens simbólicos. In: Razões práticas: sobre a teoria da ação. Campinas, SP: Papirus, 1996, pp.157-194.
BAUMAN, Z. Comunidade: a busca por segurança no mundo atual. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.
DURKHEIM, E. Da divisão do trabalho social. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
ELIAS, N.; SCOTSON, J. L. Os estabelecidos e os outsiders: sociologia das relações de poder a partir de uma pequena comunidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000.
FOUCAULT, M. Vigiar e punir: nascimento da prisão. 29 ed., Petrópolis: Vozes, 1977.
HALL, S. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 1998.
LASCOUMES, P. L’Éco-pouvoir: environnements et politiques. Paris: La Découverte, 1994, p. 07-33.
MARQUES, A. C. Intrigas e questões. Vingança de família e tramas sociais no sertão de Pernambuco. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2002.
OLIVEIRA, V. L. A impossível simetria: distinção, interdependência e poder na relação entre agricultores ecologistas e mediadores sociais. Porto Alegre: UFRGS, Dissertação de Mestrado. Programa da Pós-graduação em Desenvolvimento Rural, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2004.
THOMPSON, E. P. Costumes em comum: estudos sobre a cultura popular tradicional. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
TÖNNIES, F. Comunidade e sociedade como entidades típico-ideais. In: FERNANDES, F. (org.) Comunidade e sociedade: leituras sobre problemas metodológicos e de aplicação.São Paulo: Companhia Editora Nacional/Edusp, 1973, pp.96-116.
WEBER, M. Comunidade e sociedade como estruturas de socialização. In: FERNADES, F. (org.) Comunidade e sociedade: leituras sobre problemas metodológicos e de aplicação. São Paulo: Companhia Editora Nacional/Edusp, 1973, pp.140-143.
WOLF, E. Aspectos das relações de grupos em uma sociedade complexa: México. In: Antropologia e poder. Contribuições de Eric Wolf. Brasília: Editora da UnB, São Paulo: Imprensa Oficial; Campinas: Editora da Unicamp, 2003.
WOORTMANN, K. “Com parente não se neguceia”. O campesinato como ordem moral. Anuário Antropológico 87, Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1990.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
- Los autores conservan los derechos de autor y otorgan a la revista el derecho a la primera publicación, con el trabajo licenciado simultáneamente bajo la Licencia Creative Commons (CC BY 4.0) que permite compartir el trabajo con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.
- Se permite y se alienta a los autores a publicar y distribuir su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su página personal) en cualquier momento antes o durante el proceso editorial, ya que esto puede generar cambios productivos, así como aumentar el impacto y cita del trabajo publicado.
- Los autores pueden hacer acuerdos contractuales independientes y adicionales para la distribución no exclusiva de la versión del artículo publicado en esta revista (por ejemplo, incluirlo en un repositorio institucional o publicarlo en un libro) siempre mostrando que el trabajo se publicó primero en Revista IDeAS.